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VI Congresso Brasileiro – II Congresso Latino Americano de AGROECOLOGIA, Curitiba – PR – Brasil

domingo, março 29th, 2009

VI – Congresso Brasileiro de Agroecologia

II – Congresso Latino Americano de Agroecologia

9 – 12 de novembro de 2009, Curitiba/Paraná – Brasil.

Saudações amigos,

Represento, juntamente com o Grupo de Estudos de Agroecologia – GEAE, os estudantes na construção dos Congressos.

Será um megaevento, organizado pelo Governo do Paraná e Sociedade Civil organizada, com verba superior a um milhão de reais.

Pelo governo encontram-se organizações como SEMA, SEAB, IPARDES, CPRA, EMATER, IAPAR. Já pela Sociedade Civil Organizada, organizações como, FETRAF-SUL, ABA, ANA, GEAE, Viento Sur entre outras, e também pessoas independentes.

Frente às muitas demandas e ao apoio e interesse de outras pessoas não vinculadas diretamente ao GEAE, faremos uma comissão paralela ao grupo para os congressos.

Será aberta a todos os interessados. A primeira reunião será dia 30 de março, as 18 horas, na área experimental do GEAE, no campus Agrárias da Universidade Federal do Paraná, no bairro Juvevê.

Estamos a 7 meses do congresso, muita coisa já foi feita.

No inicio, foram feitas reuniões abertas, com diversas pessoas, tais como lideres de comunidades de pequenos agricultores no interior do Paraná, levantando todo o tipo de idéia sobre o que deveria ter ou não no congresso, desde a embalagem da alimentação orgânica, ao banheiro seco.

A organização FORMAL do congresso dá-se da seguinte forma:

COMISSÃO ORGANIZADORA

Presidente – Ivo Barreto Melão / IPARDES

Vice-Presidente – Paulo Lizarelli / EMATER-PR

Coordenador Técnico-Científico
– Moacir Roberto Darolt / IAPAR

Vice-Coordenadora Técnico-Científica – Ana Simone Richter / CPRA

Coordenador de Finanças – Airton Dieguez Brisolla / CPRA

Coordenador de Infra-Estrutura – Iniberto Hammerschmidt / EMATER-PR

Secretário-Executivo e Coordenador de Relações Internacionais
– Gonçalo Signorelli de Farias / IAPAR

SUB-COMISSÕES


Técnico Científica

Mônica Sarolli Silva- UNIOSTE
Rui Carlos Maranhão Biscaia – IAPAR
Fábio Dal Soglio – UFRGS
Dirk Arhens – IAPAR
Silvia do Amaral Rigon- UFPR/ CONSEA
Fabiane Vezzani – UFPR
Alfio Brandenburg – UFPR
Luciano Almeida – UFPR
Sônia Stertz – UFPR
Evandro Richter – CPRA
Julio Bittencourt Veiga Silva – CPRA

Tesouraria, Gestão e Captação de Recursos Financeiros
Airton Dieguez Brisolla – CPRA
Solange Maria da Rosa Coelho – CPRA

Logística , Infra-Estrutura Física e Hospedagem
Gonçalo Signorelli de Farias / IAPAR

Alimentação
Airton Dieguez Brisolla – CPRA
Rede Ecovida

Imprensa e Divulgação
Filipe Braga Farhat – CPRA

Sócio-Cultural

Adriana Igreja – SEAB
Ana Rita do Amaral – FETRAF Sul
# – GEAE

Visitas Técnicas
Iniberto Hammerschmidt / EMATER
Paulo Lizarelli / EMATER-PR

Feira e Estandes
Valmor José Correia – EMATER

# acabo de descobrir que no site do congresso, www.agroecologia2009.org.br

não se encontra o nome do GEAE e estamos na organização desde o inicio, presentes em praticamente todas as reuniões.

Bom, maiores detalhes específicos no site.

Agora falarei de algumas dificuldades encontradas por nós da organização.

Inicialmente o congresso seria realizado no salão de eventos da Universidade Positivo, alegando ser o único lugar viável em Curitiba, as outras opções eram: Embratel Convention Center ou Centro Paranaense de Referencia em Agroecologia – CPRA(!!!).

O que iria de frente com toda a lógica da Agroecologia seja devido ao exemplo de mercantilização do ensino, ou até mesmo pelo ambiente sintético.

Após muitas discussões e reuniões, conseguimos bater o martelo, será no CPRA, entendam o tanto que eu estou simplificando aqui, muita coisa aconteceu.

O empecilho de ser no CPRA, é de que será necessária uma reforma/adaptação ou mesmo construção de novas estruturas para dar suporte ao congresso.

Contudo, são melhorias que ficarão para o centro.

Obviamente, seria muito mais simples, alugarmos por um enorme valor, o Positivo, e termos praticamente tudo de infra-estrutura prontinha.

É claro que não facilitaríamos para os Tubarões de Ensino, segunda maior bancada do Congresso Federal.

Levantamos diversos motivos, tais como: qual seria a sensação de um agricultor em um ambiente luxuoso e sintético como aquele – que é tudo, menos agroecológico; o centro ser de referência em agroecologia (!!!), portanto, possui diversos experimentos, como SAF´s, Sistemas Silvipastoris e bioconstruções; as melhorias ficarão para o centro; entre outros tantos possíveis imagináveis.

Bom, tenho bem mais coisas para contar mais o farei, no decorrer do dias.

Principalmente em relação ao ENGA (Encontro Nacional de Grupos Agroecológicos), a ser realizado antes do congresso de 6 – 8 de novembro.

Existe a possibilidade do Festival de Cultura da UFPR, ser logo no fim do congresso.

Vamos vendo…

.

Sugiro, olharem a mística feita pelos estudantes durante o VI CBA, em Belo Horizonte.

http://www.youtube.com/watch?v=M62Zn5rCoCM

que no fim, eles lêem esta maravilhosa carta:

que podem ter certeza que estamos tentando seguir ao máximo.

Belo Horizonte 23 de novembro de 2006.

Carta de contribuição da juventude ao IV Congresso Brasileiro de Agroecologia.

Os que têm a oportunidade de se consagrar aos estudos científicos deverão ser os primeiros a por seus conhecimentos a serviço da humanidade.

A juventude busca nos congressos brasileiros de agroecologia conhecer, apresentar e aprimorar essa nova matriz técnico-científica. Na perspectiva de visualizar como vem sendo realizadas e utilizadas às experiências desenvolvidas pelos sujeitos sociais do cenário rural e urbano de todo o globo.

A proposta de uma transição baseada no conhecimento cientifico – acadêmico e tradicional camponês deve ser assegurada como ferramenta política dentro do congresso.

Afirmando desta forma uma construção coletiva participativa entre mulheres e os homens dos movimentos sociais populares, sindicatos, associações, agricultores, estudantes pesquisadores, professores e técnicos.

Acreditamos que esse espaço tem o papel de afirmar e fortalecer a agroecologia. Como uma concepção de vida, uma ferramenta emancipadora e transformadora da sociedade frente ao modelo do agronegócio hegemônico burguês que promove a marginalização excluindo os agricultores brasileiros através de uma lógica insustentável que não leva em consideração a história, território, ecossistemas, cultura, conhecimento e arranjos produtivos da população do campo.

Dessa forma, temos um momento importante para organizarmos e traçarmos estratégias de contraposição a esta agricultura convencional ultrapassada.

Além de colocar em pauta questões não menos importantes como valores, gênero e diversidade étnico-cultural, afim de contribuir com a transferência de produtos do congresso para toda a sociedade.

Frente à exposição da importância do CBA como espaço de discussão e aprimoramento dos rumos do movimento agroecologico brasileiro. Nosso grupo se propôs a avaliar a quarta edição do congresso, de acordo com essa perspectiva após as discussões e reflexões que geraram o material que será exposto a seguir, a juventude concluiu que o evento cumpriu parcialmente seu propósito.

Tal consideração tem como fundamento a constatação que a agroecologia foi tratada durante o evento em parte de forma reducionista, sendo considerada apenas como conceito de modo de produção gerando a formulação de propostas a serem consideradas para a próxima jornada do CBA, entre elas:

– a participação dos movimentos sociais do meio rural, dos agricultores e dos estudantes como membros da comissão organizadora do evento.

– o incentivo a maior participação dos grupos retrocitados em todas as dimensões do evento como congressistas, expositores, debatedores, oficineiros e etc.

– instituir espaços para os grupos de agroecologia que possuam ou não natureza acadêmica.

– melhorar os processos de comunicação relativos à organização do evento

– não utilizar material de difícil degradação no congresso.

– tornar os espaços de discussão de contexto e rumos da ABA mais amplos e participativos;

– criar um grupo de trabalho da juventude;

– buscar maior neutralidade política para o evento;

– viabilização e participação de todos interessados no congresso considerando a limitação financeira da maioria – alimentação, alojamento, transporte e etc.

-favorecer a parte prática ofertando cursos, oficinas, vivencias, trabalhos de campo.

-garantir a presença de místicas, dinâmicas, intervenções sócio-culturais para maior integração, reflexão e sensibilização entre os participantes;

-pensar na data do evento considerando o calendário agrícola, a sobreposição com outros eventos de mesmo caráter e as agendas de obrigações a serem cumpridas;

-possibilitar a efetiva socialização das informações, as formas de linguagem para todos os participantes do congresso

-que a concepção do evento possa traduzir o conceito de agroecologia, não como modo de produção, mas como postura de vida;

Por isso a juventude acredita que para o que o CBA cumpra efetivamente sua função dentro do processo de transição agroecologica. A ABA deve reavaliar sua concepção de agroecologia. Ciência, por quê? Para quem? Para quê? E como? E a forma de construção do congresso.

Para isso propomos uma construção coletiva do CBA juntamente às entidades de classes populares. Essa construção pode se dar por meio de fóruns onde será definido o eixo político temático do congresso e a metodologia adotada nos espaços.

Valorizamos o trabalho realizado pela ABA e demais entitades proponentes do congresso e no sentido de buscar o amadurecimento e desenvolvimento do mesmo, vimos por meio desta contribuir no avanço de propostas para a construção de um CBA cada vez melhor, assinam esta carta à juventude participante do IV Congresso Brasileiro de Agroecologia.

A terra é nossa mãe!!